Passeata contra violência leva mais de quinhentas pessoas para avenida Paraná

Umuarama - Mais de quinhentas pessoas percorreram a avenida Paraná na manhã de ontem pedindo o fim da violência. A passeata teve o objetivo de despertar a sociedade para a necessidade de denunciar os abusos contra crianças, adolescente, mulheres e idosos. A manifestação faz parte do projeto Quebrando o Silêncio, iniciativa da Igreja e escola Adventista do Sétimo Dia.
Com fanfarra, cartazes e apresentações teatrais, alunos da escola Adventistas e a população participante pediram durante todo o percurso o fim das diversas faces da violência, como a atenção dos pais para atitudes dos filhos. Ao fim do percurso vários assuntos relacionados com o tema foram discutidos entre os manifestantes. 
Segundo uma das organizadoras, Maria Regina Uliana, ressaltou que é preciso alertar as pessoas que sofrem abuso de que elas podem buscar ajuda. "Estamos focados principalmente no ato de denunciar. Estamos convocando toda a comunidade para participar dessa passeata contra as violências e abusos", disse.
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) as crianças, mulheres e idosos são as principais vítimas de violência doméstica, abusos entre outras. A violência corresponde, aproximadamente, a 7% dos casos nas mortes de mulheres entre 15 e 44 anos no mundo. Em alguns países, até 69% das mulheres relatam terem sido agredidas fisicamente e até 47% declaram que sua primeira relação sexual foi forçada.
Para tentar coibir esses números, o projeto tem como foco prevenir e combater a violência contra essa parcela da sociedade. Também faz parte a orientação das vítimas na busca de ajuda dos órgãos competentes, quebrando assim o ciclo de violência. "Para combater esse mal é preciso trazê-lo a público, examiná-lo e dar a solução necessária. Os cidadãos em geral devem se tornar parte dessa solução e o primeiro passo é a prevenção, procurando alcançar todas as faixas etárias", disse a organizadora.
Um dado também a ser explorado, fornecido pelo Mapa da Violência, é a colocação de Umuarama em 19º entre 100 municípios com mais de 20 mil crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade, com as maiores taxas de mortalidade de crianças e adolescente por acidentes de transporte. Além, das violências exposta, também ocorre à implícita quando pessoas imprudentes promovem a tragédia.

Violência
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de um terço das mulheres do mundo são vítimas de agressões físicas ou sexuais, que na maioria das vezes são causadas pelos próprios parceiros. O relatório divulgado pela OMS aponta que 38% das mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus maridos ou namorados. A organização considerou que os números são proporcionais a uma "epidemia global de saúde".