sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Reunião entre prefeitura e entidades visa divulgar projeto social em Santo André

Integrantes da prefeitura de Santo André e representantes de entidades e grupos que prestam ajuda às pessoas que vivem nas ruas se reuniram na última terça-feira (20) para discutir novas ações com relação a distribuição de alimentos em locais públicos aos moradores de rua e carrinheiros. O objetivo da reunião foi a divulgação do Programa de Atenção às Pessoas em Situação de Rua, realizado pela prefeitura, e uma possível parceria entre o poder público e as entidades.

“Nossa intenção é conhecer as entidades que distribuem alimentos para as pessoas em situação de rua e apresentar o programa que o poder público tem”, conta a supervisora técnica de proteção especial da Secretaria de Inclusão Social de Santo André, Isabel Cristina Bueno da Silva. O programa citado pela supervisora prevê auxílios como higiene pessoal, moradia, assistência psicológica e encaminhamento para outras fases do programa.

“Não podemos e não queremos impedir que as pessoas ajudem os moradores de rua. A caridade é importante, mas deve ser feita com responsabilidade. Queremos mostrar que existe um serviço completo para essas pessoas, que oferece muito mais do que o alimento”, completa Isabel. Segundo ela, ao acostumar essas pessoas a receberem alimentos periodicamente, a entidade acaba, indiretamente, fazendo com que o morador de rua não queira sair daquela situação.

Solange Moreno Ramirez, integrante da Adra (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) conta que distribuía alimentos nas ruas, mas que depois que teve conhecimento do programa da prefeitura a Agência mudou o tipo de trabalho. “Hoje nós distribuímos cestas com alimentos para famílias necessitadas. Mudamos nosso foco de ajuda para não prejudicar o Programa”, afirma Solange.

Em Santo André, um dos locais utilizados como moradia e ponto de distribuição de alimentos é a praça do Carmo. Entretanto, depois de algumas reuniões com representantes de entidades, o número de moradores de rua naquele ponto diminuiu. “Fomos informados por policiais da base de polícia que fica na praça do Carmo que depois que este trabalho de conscientização começou, o número de pessoas que dormiam e se alimentavam naquele ponto diminuiu muito”, explica o presidente da Sociedade Oliveira Lima e Região (SOL), Hélio Farber.

Outras reuniões serão marcadas com o objetivo de atingir outras entidades e grupos, para firmarem uma parceria de trabalho social e voluntário com a prefeitura de Santo André. (Colaborou Aline Bósio)

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