Robson Manoel Bento foi atingido por placas de MDF ao tentar salvar a primaCom informações de Michel Gonçalves | michael.goncalves@horasc.com.brO laudo sobre a causa da morte do jovem atingido por pedaços de madeira no bairro Rio Tavares, em Florianópolis, deve ser concluído em 15 dias.
Robson Manoel Bento, 19 anos, foi prensado por seis placas de MDF (fibra de madeira com peso médio de 56 quilos cada), com peso total de cerca de 336 quilos, contra uma máquina de serra circular, quando tentou salvar a prima Dayana Guimarães dos Santos, 25 anos.
O acidente aconteceu em uma marcenaria na manhã de sexta-feira. Robson trabalhava em uma serralheria ao lado e foi ajudar o irmão e a prima para a retirada de uma das placas, que estavam apoiadas contra uma parede. A mulher não aguentou o peso do material.
— Nós estávamos segurando as placas e disse para ele que eu não estava suportando o peso. Foi quando ele tomou o meu lugar e acabou prensado pelas placas de madeira — revelou a prima, emocionada.
A principal suspeita é de que Robson morreu de traumatismo craniano. Dayana e o irmão de Robson, Anderson Bento, nada sofreram.
— Ele deu a vida pela minha. Não poupou nenhum esforço para me ajudar. Sem dúvida, ele foi um herói! — desabafou a prima da vítima.
Na marcenaria ainda estavam o marido de Dayana e o proprietário do estabelecimento, Claudinei dos Santos, 29 anos, que precisou ser sedado em virtude do nervosismo. Muito chocada com o acidente, a família de Robson não quis falar com a imprensa.
Robson Bento, 19 anos, faria aniversário em março e havia saído do exército há um mês. Ele era soldado da Companhia de Comando.
— Ele sempre foi um ótimo amigo e companheiro. Queria seguir a carreira militar, mas a religião dele (adventista do 7º dia) dizia que o sábado deve ser respeitado — contou o mecânico Willian.
O delegado da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, Adalberto Safanelli, informou que vai instaurar um inquérito policial. O objetivo é confirmar se a morte de Robson realmente foi um acidente de trabalho.
— Vamos ouvir as pessoas que estavam no local para ver se houve uma fatalidade ou não — explicou o delegado.
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