segunda-feira, 22 de novembro de 2010

MS realiza cirurgia inédita de coluna em criança de 3 anos.

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No início deste mês, o Instituto de Previdência de Campo Grande (IMPCG), por meio do Funserv/Servimed, possibilitou um procedimento cirúrgico, até então inédito no Mato Grosso do Sul, para a implantação de uma prótese vertical expansível de titânio para costela, utilizada no tratamento de escoliose para uma paciente de apenas três anos de idade. A cirurgia foi possível graças ao convênio de Kátia Guimarães, servidora pública municipal e mãe da criança operada.

Realizada no dia quatro de novembro, no Hospital Adventista do Pênfigo, a cirurgia de coluna vertebral foi necessária para correção e estabilização da escoliose da pequena paciente. O procedimento, custeado pelo convênio do IMPCG, custou aproximadamente R$ 50 mil.

Para Kátia, que é professora da Rede Municipal de Ensino (Reme), o convênio foi fundamental para a filha, que terá todo o acompanhamento e tratamento custeado pela Prefeitura, por intermédio do IMPCG. O procedimento terá de ser refeito a cada seis meses, até a criança completar 14 anos de idade, para reparação da prótese de titânio.

"Talvez se não fosse o convênio que temos a partir do momento em que passamos a fazer parte do quadro de pessoal da Prefeitura, nem sei o que teria acontecido à minha filha. Um dia, acordamos e ela não conseguia sentar-se ou andar. Imagino se não tivéssemos esse convênio de saúde. Sou bastante grata pela preocupação do Município, não somente com o resultado do nosso trabalho, mas também em garantir a qualidade de vida dos seus funcionários e integridade física, psíquica e emocional, por meio do convênio oferecido aos servidores", disse a mãe da paciente, que se recupera com sucesso da cirurgia.

O diretor-presidente do IMPCG, o médico Cezar Luiz Galhardo ressalta que a função do convênio é atender aos servidores do Município em sua totalidade. "Diferente dos demais planos de saúde, que somente agora passaram a oferecer assistência odontológica e psicológica, a Prefeitura sempre garantiu o tratamento a seus servidores. O importante é assistir ao servidor, seja da ativa ou aposentado, e seus dependentes, da maneira que a saúde dele esteja íntegra. Isso se estende às famílias e reflete, sem dúvida, no desempenho desse profissional", considerou Galhardo.

A cirurgia – O procedimento cirúrgico foi realizado pela equipe formada pelos médicos Augustin Malzac, Márcio Cley F. Reis (diretor clínico do HAP) e Sérgio Cândido. O procedimento cirúrgico vai garantir que a paciente continue o seu crescimento em sua normalidade.

A cirurgia para correção e estabilização da escoliose já é realizada em Mato Grosso do Sul há algum tempo, porém usando a técnica da Prótese Vertical Expansível de Titânio para Costela (VEPTR) para tratamento de escoliose sem fusão, é a primeira vez.

A escoliose é uma deformidade complexa da coluna que pode ser tratada com órteses (coletes) ou cirurgia, com fusão espinhal, para evitar a progressão da deformidade. O tratamento conservador com órtese não é cirúrgico e mantém o movimento da coluna e sua mobilidade. Entretanto, não permite a correção das curvas e previne, modestamente, a sua progressão, sendo ainda menos efetivo nas deformidades neuromusculares e oferecendo riscos, inclusive, como lesões cutâneas em crianças com déficit de sensibilidade.

A cirurgia de correção de escoliose sem fusão pode oferecer vantagens que não são conseguidas nos tratamentos convencionais, com o objetivo de interromper a progressão da doença e permitindo o crescimento da coluna.

A fim de tratar pacientes com escoliose congênita em baixa idade e restrição do desenvolvimento do tórax em virtude da deformidade e de fusão de arcos costais foi desenvolvido o dispositivo Vertical Expandable Prosthetic Titanium Rib (VEPTR), na Pennsylvania, USA. Tal implante permite a estabilização indireta de deformidades espinhais sem artrodese, isto é, sem que haja a parada do crescimento da coluna, com fixação nas costelas, lâminas e pelve, permitindo até mesmo alongamentos.

A cirurgia é indicada para pacientes com deformidades, tipo escoliose, superiores a 40 graus, imaturidade esquelética, mesmo que haja problemas respiratórios restritivos, uma vez que a mesma facilita esta recuperação.

Serviços – O Instituto de Previdência de Campo Grande (IMPCG), por meio do Fundo de Assistência à Saúde do Servidor Municipal (Funserv) mantém a Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais (Servimed), que tem por finalidade assegurar aos servidores municipais e seus dependentes, a assistência médica, odontológica, ambulatorial, laboratorial, psicológica, fisioterápica, fonoaudiológica, hospitalar e terapia ocupacional, observados os limites e abrangência estipulados em lei e regulamentação própria.

Atualmente, o Instituto possui 38,5 mil conveniados. Destes, 18.585 são dependentes.

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