O aluno de 9 anos suspeito de ter atirado acidentalmente no colega Miguel Cestari Ricci, da mesma idade, voltou a negar nesta sexta-feira que tenha levado um revólver calibre 38 para a Escola Adventista de Embu, na Região Metropolitana de São Paulo, e disparado contra o menino, que acabou morrendo no dia 29 de setembro. A audiência, realizada no fórum da cidade, teve a presença de um psicólogo e uma assistente social, designados pela Justiça, além dos pais do garoto.
Eles reafirmaram que nunca tiveram uma arma dentro de casa, conforme já haviam dito para a polícia. Segundo o delegado do setor de homicídios da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, Carlos Eduardo Ceroni, uma nova avaliação do menino deve acontecer na próxima semana, pois os avaliadores não teriam se convencido dos depoimentos prestados hoje.
A perícia não encontrou vestígio de pólvora na mochila e nas roupas do menino suspeito, mas, segundo o delegado Carlos Eduardo Ceroni, o laudo também indicou que os objetos foram lavados. Mesmo assim, conforme Ceroni, os depoimentos apontam para a criança como autora do disparo. De acordo com o delegado, a única coisa que falta é a arma utilizada no crime. "Nós fizemos uma busca na casa do menino no dia em que pegamos a mochila e as roupas, mas não encontramos", afirmou na semana passada.
Caso o menino assuma que atirou no colega, a investigação será para descobrir a quem pertencia o objeto e como o garoto teve acesso a ele. Segundo o delegado, os pais podem ser responsabilizados pelo crime se for provado que a arma pertencia a eles. No entanto, Caroni afirmou que essa decisão caberá à Justiça.
O Caso
Miguel Cestari Ricci foi baleado dentro da sala de aula. Segundo a polícia, a arma do crime é um revólver calibre 38 e o tiro foi dado de cima para baixo, a menos de 5 cm do corpo do estudante. A principal linha de investigação é de que o tiro que atingiu o menino foi acidental e disparado por um colega que levou uma arma para o local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário