sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Cantinas terão de comercializar alimentos saudáveis para alunos


As cantinas deverão oferecer aos alunos frutas da estação "in natura"

Na esteira das discussões por uma melhor qualidade de vida e uma alimentação saudável, tema amplamente debatido na Conferência "Alimentação Adequada e Saudável - Direito de Todos", aberta na quarta-feira (17) pela Secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social Tania Maria Garib e o governador André Puccinelli, a Câmara Municipal de Campo Grande deverá votar na próxima semana Projeto de Lei de autoria do vereador Cristóvão Silveira (PSDB) que define "normas para a comercialização de alimentos nas cantinas da rede pública e instituições privadas de educação básica de Campo Grande".

Já aprovado por unanimidade em primeira discussão, o projeto estabelece que a comercialização de alimentos, como balas, pirulitos, gomas de mascar, biscoitos recheados, refrigerantes, sucos artificiais, salgadinhos e pipoca industrializados, e frituras em geral, fica proibida nas cantinas das escolas de educação básica, ensino fundamental e médio. Em substituição a esses "alimentos", as cantinas deverão oferecer aos alunos frutas da estação "in natura" (inteira ou em pedaços), sucos de frutas, bebidas lácteas, sanduíches naturais e produtos assados. Além disto, para comercializar esses alimentos, os manipuladores deverão passar por um curso de capacitação e a cantina só poderá ser administrada por pessoa "devidamente assessorada em aspectos de alimentação e nutrição".

"Estamos primando pela educação alimentar de nossos alunos e pela qualidade de vida", defende o vereador Cristóvão Silveira que acredita não haver empecilhos para a aprovação do projeto, em segunda discussão, mesmo com a manifestação contrária de alguns empresários do ramo de alimentos industrializados que vislumbram prejuízos para os negócios caso o projeto seja aprovado e a lei sancionada pelo Executivo. "Não estamos querendo prejudicar ninguém. Só queremos que as cantinas passem a oferecer produtos realmente condizentes com as necessidades das crianças", ressalta Silveira.

Exemplo adventista - Na capital, a Escola Adventista adota a comercialização de produtos naturais (sucos, assados, frutas etc) em sua cantina, evitando frituras e refrigerantes. Para Silveira este é um exemplo a ser seguido. "A proposta é educar a criança com uma alimentação mais saudável. Porque, depois de adulto, fica difícil", acredita o vereador.

Apesar do projeto estabelecer normas para as cantinas, ele não proibe a comercialização de doces, refrigerantes e produtos industrializados nas imediações do ambiente escolar. Também não impede que o aluno traga de casa o próprio lanche. Mas estabelece que as escolas devem adotar um conteúdo pedagógico e manter em exposição material de comunicação visual, abordando: alimentaçãoe cultura; refeição balanceada; hábitos e estilos de vidas saudáveis; fome e segurança alimentar entre outros.

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