segunda-feira, 8 de junho de 2009

Filho reencontra a mãe 50 anos depois em Apucarana


Separados por quase meio século, pastor revê progenitora
Publicado em: 07/06/2009 17:26 Antoniele Luciano
Foto:  Delair Garcia 

Um momento indescritível. Assim pode ser chamado o reencontro do pastor Lauro Crescêncio, de 49 anos, com sua mãe, Elita Alexandre Crescêncio, 67 anos, na noite desta sexta-feira, na Igreja Adventista, em Apucarana. Separados há quase 50 anos, os familiares voltaram a ter contato através da internet, de uma forma totalmente inusitada. Agora, anos depois, ambos pretendem recuperar todo o tempo perdido.    "Vou manter contato com ela, visitá-la sempre, como se nunca tivéssemos estado longe um do outro", define Lauro, que, no momento em que pôde abraçar a mãe, não se preocupou em conter as lágrimas. "Pessoalmente ela é muito mais bonita. Toda mãe é linda, mas ela é especial", diz ele, emocionado.   Moradora de Campina Grande, na Paraíba, Elita, a mãe do pastor, conta que nunca se esqueceu de Lauro. Tanto que, na região onde vive, todos a conhecem por Laura - um nome cuja lembrança remete ao filho. "Eu sonhava com ele, do jeito que ele era pequeno. Quando o encontrei, também achei que estava sonhando", define.   Para ela, passar praticamente cinco décadas longe do pastor foi um período muito difícil. "Estou muito feliz em revê-lo. Quando o deixei, não tinha experiência. Me arrependo muito de ter feito isso", sustenta. "Agora, não vamos mais perder tempo. O próximo Dia das Mães vamos passar juntos", completa.   PERDÃO - Sem mágoas do passado, mãe e filho devem ficar 15 dias juntos. Elita, que veio a Apucarana com a filha mais nova, Carla, de 24 anos, está hospedada na casa de Lauro, onde deve conhecer uma nova família. Ele, que é casado e tem dois filhos, também já programou viagem para a Paraíba, a fim de ver os cinco irmãos e 11 sobrinhos, até então desconhecidos.  

O reencontro dos dois aconteceu dentro da igreja, um local, que, para Lauro, é importantíssimo em sua história. "É uma forma de homenagear aqueles que foram referência para mim. Também é muito interessante rever minha mãe na casa de Deus, que soube cuidar muito bem de mim e dela", enfatiza. "Eu a perdoei. Guardei o perdão no fundo do meu coração. Este o maior presente que posso dar a ela. A família também é a herança mais bonita que uma pessoa pode ter", conclui.

 

Contribuição da Tecnologia

 

Próximo ao Dia das Mães, o pastor Lauro Crescêncio navegava pela internet em busca de mensagens sobre as progenitoras. Foi quando, num ímpeto, decidiu digitar o nome de sua mãe no Google e achou um cadastro de Elita. Para sua surpresa, ela o procurava desde 2007, através do site Goodangels, que já encontrou milhares de pessoas desaparecidas no Brasil.   Em seguida, não demorou para que Lauro contatasse a mãe. Ambos conversaram por telefone, pela primeira vez em quase 50 anos, ao vivo, através de um programa da Rádio Record, de São Paulo. Era apenas o início da transformação de um enredo triste em uma história com final feliz.   A separação dos dois ocorreu quando Lauro tinha sete meses de vida. Na época, Elita, ainda adolescente, deixou o filho na casa de uma vizinha, em Santa Mariana, e não retornou. Ela foi para Nova Esperança, até que se mudou para a Paraíba, onde se casou novamente e reside há 45 anos.  

Viagem já está programada

 

Entre a família do pastor, a expectativa para conhecer Elita Alexandre Crescêncio era grande. Neide Evangelista Crescêncio, esposa de Lauro, foi buscar a sogra no aeroporto, em Maringá, e não conteve a emoção. "É algo inexplicável, recepcionamos a mãe dele com faixas. Elita chorou muito", relata ela, que atribui o acontecimento à ação divina. "Foi Deus. Todos queriam muito que houvesse o reencontro, mas não imaginávamos que seria assim", atesta.

  Ver a avó paterna pela primeira vez também foi marcante para Neila Kesya Crescêncio, 18 anos. "Deus não pode proporcionar algo melhor do que isso. A emoção é única e indescritível. Só quem passa sabe como é", diz. "Vamos fazer de tudo para aproveitar o tempo juntos. Já até compramos as passagens para ir para a Paraíba em julho", completa o outro neto de Elita, Lauro Kesley Crescêncio, 16 anos.

Um comentário:

Unknown disse...

gostaria que o mesmo que aconteceu com o pastor, acontecesse comigo,moro em planaltina do paraná-pr meu nome é Sheila Cristina DAVIS,não conheço meu pai ,pois ele foi embora quando minha mãe estava grávida sei que morava em Apucarana seu nome é Clovis Paoloto só o que sei se alguem tiver alguma informação,por favor me mande, minha mãe morava em loanda na epóca que ficou grávida,seu nome é Maria Sabino, por favor me ajude a encontra-lo.
qualquer informação no Pátio da Prefeitura de Planaltina fone-3435-1223 Obrigado! QUE DEUS OS ABENÇÕE: