Igreja Batista tem 1,5 milhão de fiéis, que frequentam 7,5 mil templos.
Igreja Adventista tem 1,2 milhão de fiéis no Brasil.
Em algumas casas em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, moram meninos e meninas retirados da guarda dos pais por ordem da Justiça. Essas crianças, que viviam nas ruas da cidade, pedindo dinheiro nos sinais, ou sofriam com a violência doméstica, ganharam um novo endereço: a Associação Evangélica Resgate e Ame, que poderia muito bem ser chamada de Rua da Esperança ou da Salvação.
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Hoje, o abençoado pão de cada dia vem pelas mãos dos integrantes da Igreja Batista Brasileira, uma das várias igrejas que derivam da Igreja Batista, fundada no século 17 na Inglaterra. Os Batistas são hoje no Brasil 1,5 milhão de fiéis, que frequentam cultos em 7,5 mil templos.
Essa grande família unida pela fé tem suas regras. As crianças vão à escola todos os dias, almoçam depois dos estudos e fazem aulas de reforço, de música e de dança. Eles, que não tinham futuro, hoje sonham até com a universidade. E a "rua encantada" só existe graças à assistente social Gislaine Monteiro Freitas. Vinda também de família muito pobre, começou dando atenção e carinho a crianças de rua em um banco de praça.
A mãe de Bruna Ferreira é uma das poucas que visitam a rua. A filha sabe que a esperança de reunir a família de novo está no abrigo. "Eu me mantendo aqui dentro vai ser melhor para minha mãe, porque quando eu sair eu vou ajudá-la. Se eu não ficar aqui eu não vou ter futuro. Quero ser advogado e defender os direitos das pessoas", diz Bruna, 13 anos.
Em uma favela do Rio, seguidores do evangelho viraram pescadores de crianças mergulhadas na vida violenta do bairro. A função do Centro Adventista de Desenvolvimento Comunitário é ensinar a palavra de Deus e fazer sorrir. A Igreja Adventista foi criada nos Estados Unidos no século 19 e tem hoje 1,2 milhão de fiéis no Brasil. Eles guardam o sábado para atividades religiosas e valorizam as coisas da natureza.
O Centro oferece alimento saudável, sem agrotóxico para as crianças, em dois almoços. O local tem jeito de escola, mas mais parece uma grande gincana, que começa aos 7 anos de idade e vai até os 15, com jogos, brincadeiras e música.
A transformação que acontece na vida de uma criança que vai para o Centro não é pequena. São mudanças no corpo e na alma. Há cinco anos, quando o projeto começou, a principal resposta para a pergunta "o que você quer ser quando crescer?" era "bandido".
O Centro começou com uma sala pequena. Hoje, já são 180 vagas para uma comunidade com sede de oportunidade. "Para muitos deles, se não fosse essa ação social religiosa evangélica, não haveria acesso a esses programas e serviços", afirma a antropóloga Christina Vital. Agora outras 500 crianças esperam por uma chance de crescer no rumo do bem, pelas mãos de quem vive na prática os ensinamentos de Jesus.
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