segunda-feira, 4 de maio de 2009

MA: Cheia já afeta mais de 3 mil pessoas em Codó

CODÓ - O Comitê de Defesa Civil já concluiu o relatório que mostra a real situação do município de Codó, também atingido pela cheia do Rio Itapecuru. O levantamento servirá para nortear o serviço de assistência que já está sendo prestado pelo governo municipal e futuras ajudas, sobretudo, as externas que possam vir, como a do Governo Roseana Sarney.

Pelos dados oficiais, hoje, 932 pessoas estão desabrigadas, mais 17 estão desalojadas. Mas incluindo todos os tipos de transtornos causados pela chuva demasiada ou pela cheia do rio, o comitê contabilizou que 3.272 pessoas afetadas em todo o município.

Enfermos

Doentes também já aparecem na estatística. Oitenta e sete pessoas estariam enfermas em decorrência do contato com a água das enchentes. Destas, 53 são da faixa etária têm até 14 anos de idade, ou seja, crianças e adolescentes codoenses. Para a coordenadora regional de Atenção Básica, Aurilívia Barros, o risco desse número de doentes aumentar ainda existe.

"Com essa enchente as pessoas vão passar por algumas doenças. As doenças diarréicas vão aumentar, leptospirose é um risco, principalmente, quando a gente vê como aqui no rio muito lixo e agora com o aumento das águas piorou, o rio já ta transbordando, então a gente precisa ajudar", afirmou.

CASAS DESTRUÍDAS

Outro número que chama a atenção no relatório diz respeito às residências atingidas. Já são 179 casas danificadas. Cinquenta e uma, em vários pontos de alagamento, precisarão ser totalmente reconstruídas.

À medida que crescem os problemas, parece que os codoenses tornam-se mais solidários. Não faltam bons exemplos. Há campanha nas escolas, em algumas emissoras de rádio e TV. A Igreja Adventista conseguiu duas toneladas de alimentos e as entregou nos abrigos no início desta semana.

Ontem (30), os núcleos de Educação em Saúde e de Atenção Básica (governo do Estado/Regional), com o apoio da Prefeitura de Codó, iniciaram uma campanha de recolhimento de donativos. Estiveram nas escolas, foram ao mercado central. O trabalho que deve continuar, segundo Marielza Macedo, do Educação em Saúde.

"Vai haver uma sequência, onde temos os nossos postos de recebimento dos donativos que serão todos os postos de saúde do nosso município. A gente está vendo que a comunidade está solidária. A gente vê muito amor e estamos muito satisfeitos. O Poder Público está fazendo sua parte, mas não basta. A comunidade tem que se envolver", disse.

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